Principais Tipos de Liderança no Mundo dos Negócios

Principais Tipos de Liderança no Mundo dos Negócios

Toda empresa, equipe ou grupo de trabalho possui a figura de um líder em seu comando. Como o nome já sugere, essa pessoa é responsável por encabeçar um projeto, representar um time e, sobretudo, realizar a gestão das pessoas que estão sob o seu alcance, afinal, é através do desempenho delas que o líder conquista resultados.

Embora o propósito da liderança seja praticamente o mesmo em qualquer ambiente, nem todo líder possui o mesmo estilo de trabalho ou o mesmo modo de agir, pensar ou se comportar perante as pessoas.

Se por um lado existem líderes que gostam de dividir a responsabilidade com os liderados, por outro há aqueles que preferem delegar, fiscalizar e cobrar resultados.

Isso não quer dizer que um líder é melhor do que o outro (exceto em casos extremos, em que a liderança é realizada com abuso e gera danos aos liderados). Cada um deles possui aceitação e aderência a determinados ambientes, sejam de negócios ou não.

Diversos estudiosos se dedicaram a analisar os tipos de liderança existentes no mundo corporativo. Se você é um gestor e pretende descobrir qual é o seu estilo de liderar, continue acompanhando esse artigo.

Os principais tipos de liderança

Idalberto Chiavenato, referência quando o assunto é administração e recursos humanos, definiu três tipos de liderança do mundo corporativo:

  • A liderança autocrática;
  • A liderança democrática;
  • A liderança liberal.

Esses três modelos servem de parâmetro para as demais análises que surgiram com o passar do tempo. Nos trechos abaixo, apresentamos a definição de Chiavenato e pontuamos algumas observações sobre cada tipo de líder.

Liderança autocrática: nesse modelo, o gestor possui o total domínio da equipe. Cabe a ele tomar todas as decisões que envolvem o grupo e repassar as ordens aos seus liderados – que, nesse caso, podem ser chamados de subordinados.

Na liderança autocrática, não há muito espaço para discussões. Resta à equipe a missão de cumprir as ordens sem contestação, conforme os parâmetros já definidos pelo líder.

Embora seja vista como repressora, ousamos dizer que a liderança autocrática, quando exercida sem causar danos às pessoas, é aceita em determinados ambientes, como, por exemplo, nas academias militares.

Contudo, é importante ressaltar que esse estilo perdeu muito espaço nas empresas do Brasil e do mundo, já que, em tempos de valorização do capital humano, as pessoas estão cada vez mais envolvidas na tomada de decisões e no desenho dos processos que conduzem a empresa.

Logo, é possível afirmar que quanto menos autocrático for um líder, mais aceitação ele terá no atual mercado de trabalho e, principalmente, na equipe.

Liderança liberal: na outra ponta da autocracia está o modelo liberal de liderança. Nesse caso, a figura do líder é praticamente inexistente. Sua função se resume a acompanhar o grupo e só agir em casos de extrema e rara necessidade.

Esse tipo de liderança é muito percebido em ambientes movidos pela inovação, como acontece nas startups. Pensando em obter resultados surpreendentes e rápidos, o gestor dá a sua equipe a total liberdade para agir e pensar.

Contudo, a liderança liberal pode ser tanto vantajosa quanto prejudicial à empresa. Se por um lado ela gera colaboradores independentes e auto-gerenciáveis, na outra ela causa a desunião de uma equipe e a falta de foco nos colaboradores, afinal, falta-lhes um líder para engajar, orientar e, sobretudo, dar feedback.

Se o gestor tem afinidade com o modelo liberal, recomenda-se uma boa dose de cautela e uma maior aproximação com o estilo democrático.

Liderança democrática: vista como o “meio-termo” dessa análise, a liderança democrática acontece mais pela liberdade e menos pela imposição. Todas as decisões que envolvem a equipe são discutidas entre os membros. Cabe ao líder estimular o debate e conduzir as discussões. Sua decisão só é imposta em casos em que não há um consenso.

O líder democrático costuma pensar mais na equipe e menos em si mesmo. Ele prefere inspirar as pessoas e tem medo de ser pouco admirado por elas.

Vista como um padrão a ser alcançado por muitos gestores, a liderança democrática é, de fato, a mais bem aceita nas organizações nos dias de hoje. Porém, defendemos que ela deve ser exercida com uma leve dose de rigor, afinal, ainda existe uma pequena parcela de funcionários que confundem a democracia com a ausência de regras.

Talvez, o grande desafio do líder democrático é ser o ponto de equilíbrio entre a centralização e a descentralização, a imposição e a total ausência de regras, a chefia e a camaradagem. Ao encontrar esse “meio-termo”, o líder aumenta, e muito, as suas chances de obter sucesso no cargo.

  

Qual é o melhor tipo de liderança?

Conforme afirmamos anteriormente, não é possível afirmar que um tipo de liderança é melhor do que o outro, já que tal julgamento vai depender do contexto em que o líder estiver inserido.

De qualquer forma, o modelo democrático se aproxima mais do estilo de liderança que enxergamos como ideal. Como observamos nessa breve análise, não cabe ao gestor pesar a mão sobre os funcionários e tampouco deixá-los à mercê do acaso. E esse meio-termo entre o autoritarismo e o liberalismo é notado no estilo do líder democrático.

Entretanto, nem mesmo essa boa liderança deve ser imposta aos colaboradores ou aos membros de um time. Todo e qualquer gestor que almeja conquistar as pessoas deve inspirá-las com uma causa, para então ser seguido por elas.

Além de abrir espaço para a colaboração e dar o suporte necessário ao time, um bom líder sabe gerir um talento e garantir sua retenção na empresa. Por isso, mais do que nunca, quem almeja a liderança deve dominar a arte da gestão de pessoas tanto quanto a área de RH.